domingo, 13 de outubro de 2013

Populações tradicionais em Unidades de Conservação: Problema ou solução?
Após a leitura de dois importantes artigos propostos pela disciplina Tendências Pedagógicas da Educação Ambiental, do Curso de Especialização em Educação Ambiental oferecido pela Universidade Federal de Lavras, pude adotar uma postura diante do dilema a que se chega ao se pensar na permanência ou não de populações tradicionais dentro de Unidades de Conservação Ambiental, as UC’s.
Intitulados respectivamente Correção política e biodiversidade: a crescente ameaça das “populações tradicionais” à Mata Atlântica e “Populações tradicionais” e a proteção dos recursos naturais em unidades de preservação, os textos se propõem a discutir a importância da conservação ambiental porém, com enfoques diferentes.
No primeiro texto os autores explicam quando, como e o que fazem estas populações dentro das unidades em que vivem, opondo-se completamente à presença destas populações em UC’s encerrando suas explanações históricas e cronológicas, propondo uma realocação destes povos em áreas cujas suas práticas não venham a prejudicar o meio ambiente.
Já no segundo texto, o autor reconhece a importância de muitos desses povos para a preservação de alguns ecossistemas, que no primeiro texto teve esta prática reconhecida somente por parte dos Xavantes.
Acreditando que tudo deve ser medido e analisado por parte de todos os que defendem ou não a presença de povos tradicionais em UC’s e, como educadora que acredita ser a educação um bom caminho para solução de todos os problemas sociais, há que se pensar que estas pessoas são acima de tudo seres humanos, passíveis de falhas e acertos.

Surge neste ponto a possibilidade de um trabalho efetivo junto aos que perderam a essência do que é preservação. Na realidade perderam sua própria essência quando observam que suas práticas culturais não os satisfazem enquanto sujeitos das comunidades em que vivem. Nosso olhar deve ser voltado para a Educação Ambiental destes povos visando a preservação ambiental das áreas ocupadas garantindo desta forma a existência de gerações futuras em nosso planeta, ou seja, formar cidadãos conscientes de seus papéis no ambiente em que vivem.